sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

TARDE DE ARTE 2013


CULTO À VIDA



Culto à vida

ALTAMIR SERAFIM JOÃO



Quando a morte chega, envolta em dor e lágrimas, traz junto em sua bagagem indagações sobre o porvir, sobre o fim de todos nós, sobre o que encontraremos do outro lado. Para as pessoas que não costumam “pensar na morte”, a proximidade do dia 2 de Novembro, Dia de Finados, pode ser um convite a essa reflexão.

Em momento algum esta reflexão deve ser encarada como um tipo de pensamento mórbido, ou mesmo como uma atitude pessimista diante da vida pulsante, mas antes de tudo, tal reflexão deve ser vista como uma prevenção diante do fato irremediável.

Estamos prontos para partir? Estamos preparados para que as pessoas que amamos partam antes de nós? Todos dirão: Ninguém de fato está. O que é verdade. No entanto, compreender que a morte da carne está longe de ser a morte do ser, entender que as pessoas que morrem, na verdade simplesmente mudam de plano, faz com que lidemos melhor com este fato natural da vida.

Para os céticos que acreditam apenas no aqui e no agora, em apenas uma existência, a morte é o fim do caminho. Mas para os que acreditam que há algo além, a morte é apenas um sopro, uma passagem, uma transição.

O culto aos mortos precede a era cristã e segue até hoje como demonstração de afeto e respeito para com as pessoas que partiram desta, para uma outra existência. A Doutrina Espírita não sugere o chamado culto a Finados, mas elucida que a morte não existe, e que o túmulo é apenas o local onde o corpo carnal é sepultado quando cessa a vida física.

No entanto, não é nos cemitérios que os espíritos devem ser procurados.  Não é ali que eles ficam. Todos vivem e, se não estão materializados conosco, estão vivendo em algum lugar nesse imenso Universo, que é a casa do Pai, onde, segundo Jesus, existem muitas moradas.

A visita aos cemitérios no Dia de Finados é a representação exterior de um fato íntimo, da lembrança das pessoas que nos são caras, mas na verdade, não há dia nem local específico para recordarmos e homenagearmos nossos entes queridos. Todo dia é dia, toda hora é hora, e eles, embora noutra dimensão, agradecem as nossas lembranças sinceras e equilibradas.

Que o dia 2 de Novembro possa ser mais um dia de convite à reflexão, à oração e à lembrança das pessoas que amamos e de quem estamos, por hora, separados. Mas, que este não seja o único dia para fazermos isso. Vamos lembrar de nossas almas queridas, exaltando a vida e não a morte. Que a morte não seja cultuada como o fim. Que o culto aos mortos do 2 de Novembro seja, antes de tudo, um culto à vida, que é eterna.



Altamir Serafim João é presidente da União Municipal Espírita de Sapucaia do Sul 


Artigo publicado em 1º de novembro de 2013 no Jornal VS

SEMANA ESPÍRITA 2013



Olá amigos e amigas!

De 3 a 8 de novembro teremos a nossa 23ª edição da Semana Espírita de Sapucaia do Sul. Ciclo de palestras nas seis casas da nossa UME sobre o tema "O Evangelho no Mundo e nos Corações".

Não deixe de participar!


Divulgue na sua casa, convide sua família, seus amigos e faça com que o evangelho de Jesus floresça em seu coração!